Ricardo Carvalho Calero (1910-1990) |
A iniciativa brindada polo irmao Ovelha à III Assembleia do Partido vai, na realidade, levando-se à prática, senom na totalidade da sua forma, na essência da sua intençom. Agora temos ponência e irmaos encarregados de preparar um repertório legislativo que resolva ou encaminhe os problemas vigentes na nossa Terra. Convém pôr o máximo entusiasmo nessa obra, obra de formosa e ergueita política. Pouco importará que os decretos e leis preparados assim, permaneçam longos anos sem atingir realidade oficial. Serám de cote prova da nossa miolar preocupaçom perante os arregueijos galegos e gloriosa executória para o Partido.
A toponímia do nosso país tem um reflexo oficial cheio de aberraçons e de disparates. Traduzírom-se a médias alguns nomes, outros traduzírom-se mal, consequência foi umha corrupçom espantosa. Claro está que o dia que Galiza tiver um governo galego faria-se preciso restaurar a fonética e a ortografia verdadeiras na nossa toponímia. E que bem estaria ter, para entom adubiada a labor. Por isso o Partido Galeguista deve encarar-se com o problema, encarregando o trabalho a pessoas especializadas na matéria. Como se trata de um problema afastado de toda política, o Partido podia dirigir-se ao Seminário de Estudos Galegos. Esta entidade deveria pôr-se aginha a revisar a toponímia oficial para corrigir os erros que nela se observaram e proporcionar-nos as formas engebres, sem castelhanizaçom, nem desfiguraçom, dos nossos nomes geográficos…
A questom cai dentro da esfera de açom da Secretaria Técnica do nosso Partido. E com o secretário técnico é secretário de atas do Seminário, pode realizar rapidamente os trámites precisos, se o Partido estima oportuna a minha proposta e o Seminário se sente disposto a satisfazer os nossos anceios.