Topónimos germânicos (IV): terminações em -ulfe, -ufe e -oufe

Continuamos com a toponímia germânica na Galiza. Como se viu até a altura, a maioria das ocorrências do fenómeno dão-se em como expressão de pertença ou propriedade. Isto é, que os topónimos são, na realidade, antropotopónimos e, portanto, procedem de antropónimos, neste caso germânicos – principalmente suevos – que chegam a nós através do seu […]

Topónimos germânicos (III): terminações em -mil

Continuando com a linha de notas sobre toponímia germânica originária da época do Reino Suevo da Galiza e da ocupação hispano-visigótica posterior e até o s. VIII, é ocasião de falar daquela toponímia com terminação em -mil. Estamos, do mesmo modo que as terminações já comentadas em -rei e em -riz, perante toponímia que responde […]

Lugares com falso nome de pessoa (I): Suso e Susana

Como nesta época estamos a falar da relação entre antroponímia e toponímia, nomeadamente a respeito dos antropotopónimos germânicos na Gallaecia, a nota de hoje vai sobre um tema similar, adjacente quase. Certamente, todas e todos teremos visto nomes de pessoa nos topónimos: não estou a falar em hagionímicos nem apenas no facto de haverem antropónimos […]

Topónimos germânicos (II): terminações em -riz

Continuamos agora com a toponímia galego-portuguesa de raiz germânica, centrando-nos nos numerosíssimos topónimos com terminação -riz. Antes de mais, porém, será necessário notar que, na Galiza, polo habitualmente alegado impasse linguístico, as formas em -riz convivem, no nomenclador oficial, com terminações em -ris oxítona (vg. Sabaris, Esparis, Guldris, etc.) que, em qualquer caso, deveriam sempre […]

Viana do Castelo: água ou caminho?

Continuando com o bloco de cidades da Portugaliza, nesta ocasião vamos centrar-nos em Viana do Castelo, cuja etimologia oferece certa controvérsia. Vianas, mesmo que nesta ocasião se fale especialmente de Viana do Castelo (antiga Viana da Foz do Lima), há várias: além da referida, em Portugal está também Viana do Alentejo (antiga Viana a par […]

Topónimos germânicos (I): terminações em -rei.

Continuando com o antecipado na nota anterior sobre Guimarães e Guimarei, agora vamos abundar no processo antropónimo > topónimo, centrando a vista nos antropónimos germânicos cuja terminação –rei estava já em Guimarei e que dá lugar, através de outros antropónimos, a uma série bastante abundante na toponomástica galega e, sem dúvida, especialmente no que diz […]

Guimarães: Portugal nasceu na herdade de um crunhês

Quem vinher atrazido polo título desta nota deve saber que umha afirmaçom assim responde apenas a umha questom puramente literária. Portugal nom nasceu na Crunha, é claro. Mas na história de Guimarães e, sobretudo, no seu nome, transparece a história do reino da Galiza e das suas casas nobres, entre elas a de Vímara Peres, […]

Das igrejas e da geo-referencialidade

Diz José da Cunha que nos primeiros séculos da cristianização peninsular, a presença de uma igreja era uma marca de tal modo importante e rara no espaço geográfico, histórico e cultural que merecia diferenciá-lo toponimicamente”. A ciência toponímica explica que esse é, precisamente, um dos condicionantes sine quae non para o estabelecimento dum topónimo. Mas, […]

Lisboa foi um porto feliz?

Noutra parte deste caderno já se falou do modo como a etimologia, ciência que nasceu ao abeiro do romanticismo, se coligou amiúde com o nacionalismo e o chauvinismo para produzir as mais imaginativas soluçons. Na Galiza, por exemplo, a Crunha estava fundada por Hércules, segundo asseguraram alguns, referindo-se ao faro que na atualidade se denomina […]