Anseios de 1935 e de hoje: por uma revisão formal

Que a questão da deturpação toponímica não é apenas uma questão pós-fascista, no sentido de que a preocupação que arrasta não se deu apenas após a barbárie linguística de mais de 40 anos do fascismo espanhol, é um facto que demonstram as palavras que já em 1935, escrevia em A Nossa Terra (nº372, 29.6.1935) quem […]

Topónimos germânicos (III): terminações em -mil

Continuando com a linha de notas sobre toponímia germânica originária da época do Reino Suevo da Galiza e da ocupação hispano-visigótica posterior e até o s. VIII, é ocasião de falar daquela toponímia com terminação em -mil. Estamos, do mesmo modo que as terminações já comentadas em -rei e em -riz, perante toponímia que responde […]

Lugares com falso nome de pessoa (I): Suso e Susana

Como nesta época estamos a falar da relação entre antroponímia e toponímia, nomeadamente a respeito dos antropotopónimos germânicos na Gallaecia, a nota de hoje vai sobre um tema similar, adjacente quase. Certamente, todas e todos teremos visto nomes de pessoa nos topónimos: não estou a falar em hagionímicos nem apenas no facto de haverem antropónimos […]

Topónimos germânicos (II): terminações em -riz

Continuamos agora com a toponímia galego-portuguesa de raiz germânica, centrando-nos nos numerosíssimos topónimos com terminação -riz. Antes de mais, porém, será necessário notar que, na Galiza, polo habitualmente alegado impasse linguístico, as formas em -riz convivem, no nomenclador oficial, com terminações em -ris oxítona (vg. Sabaris, Esparis, Guldris, etc.) que, em qualquer caso, deveriam sempre […]

Viana do Castelo: água ou caminho?

Continuando com o bloco de cidades da Portugaliza, nesta ocasião vamos centrar-nos em Viana do Castelo, cuja etimologia oferece certa controvérsia. Vianas, mesmo que nesta ocasião se fale especialmente de Viana do Castelo (antiga Viana da Foz do Lima), há várias: além da referida, em Portugal está também Viana do Alentejo (antiga Viana a par […]

Topónimos germânicos (I): terminações em -rei.

Continuando com o antecipado na nota anterior sobre Guimarães e Guimarei, agora vamos abundar no processo antropónimo > topónimo, centrando a vista nos antropónimos germânicos cuja terminação –rei estava já em Guimarei e que dá lugar, através de outros antropónimos, a uma série bastante abundante na toponomástica galega e, sem dúvida, especialmente no que diz […]

Guimarães: Portugal nasceu na herdade de um crunhês

Quem vinher atrazido polo título desta nota deve saber que umha afirmaçom assim responde apenas a umha questom puramente literária. Portugal nom nasceu na Crunha, é claro. Mas na história de Guimarães e, sobretudo, no seu nome, transparece a história do reino da Galiza e das suas casas nobres, entre elas a de Vímara Peres, […]

Vigo: a cidade que se chama aldeia

Como parece que, sem o ter pretendido, se tem estabelecido umha série sobre grandes cidades galego-portuguesas (Compostela, Crunha, Lisboa), tratemos nesta ocasiom Vigo, a cidade mais importante da Galiza por número de habitantes e por potência económica. Entom, o que significa Vigo? Existe, à partida, um consenso geral a respeito de que Vigo procede do […]

Do modo como o porto d’Oçom terminou sendo o porto em que zoava muito o vento

Vam já várias notas a falar sobre a deturpaçom da toponímia galega às maos dos recentralizadores castelhanos de diversas épocas, mas o tema nom se esgota, nom. É quase infinito, tanto como incontornável. Um dos exemplos que mais chama a atençom é o do Porto d’Oçom, castelhanizado como Puerto del Son, parelho à toponímia oficial […]

Das igrejas e da geo-referencialidade

Diz José da Cunha que nos primeiros séculos da cristianização peninsular, a presença de uma igreja era uma marca de tal modo importante e rara no espaço geográfico, histórico e cultural que merecia diferenciá-lo toponimicamente”. A ciência toponímica explica que esse é, precisamente, um dos condicionantes sine quae non para o estabelecimento dum topónimo. Mas, […]